O Impacto das Lideranças na Saúde Mental das suas Pessoas

É importante percebermos do que se trata a saúde mental, de que tanto ouvimos falar. Será que podemos falar de saúde mental, sem falarmos de saúde física? Ou serão ambas indissociáveis do próprio conceito de saúde?

Pois bem, é certo que “mente sã num corpo são” nunca foi tão destacado pela sociedade. É notória e cada vez maior a preocupação e discussão pública sobre estas temáticas, mas em contexto empresarial qual o verdadeiro impacto das lideranças na saúde mental e até física das suas pessoas?

De acordo com o estudo “Mental Health at Work: Managers and Money”, realizado pelo The Workforce Institute, na UKG,” para 70% das pessoas o seu líder é uma das figuras que mais afeta o seu bem-estar emocional.” A verdade é que conceitos como Burnout, Depressão e Ansiedade, estão a tornar-se grandes preocupações para o mundo empresarial em Portugal. É preciso ter presente a dimensão do impacto, quer positivo quer negativo, que um gestor pode ter na sua equipa e é urgente que este tema não faça apenas parte das preocupações dos líderes, mas também do planeamento estratégico da administração da empresa. O mercado de trabalho, cada vez mais competitivo e feroz, exige que haja um foco muito grande naquilo que são os objetivos e resultados a atingir, o que faz com que a empatia, a humanização do trato, facilmente se perca em detrimento daquele que é o grande e principal objetivo: criação de um ambiente de trabalho saudável, produtivo e feliz.” Quando os profissionais estão sãos a nível mental e emocional, 63% admite que está também mais empenhado e 80% diz ter energia para desempenhar as suas funções”, mas infelizmente a realidade mostra também a faceta de que “43% dos profissionais estão exaustos e 78% afirma que o stress tem impacto negativo no seu desempenho, no trabalho.”

E o que será que advém daqui? Certamente um impacto negativo no ceio familiar e nas relações interpessoais. Há que analisar e reconhecer que para alguns gestores, esta “boa” gestão torna-se inata e para outros é fundamental que se construam ferramentas e criem metodologias que os ajudem a saber lidar com diferentes personalidades e realidades.

É urgente haver um ambiente de comunicação aberto e claro, haver momentos de reunião, nos quais são explicados objetivos e o caminho a seguir, já previamente estruturado, dar feedback e feedfoward constante e não apenas em momentos de avaliação.

Deverá existir o fator de flexibilidade de forma a que as pessoas possam ter sempre uma vida equilibrada entre o trabalho e a vida pessoal, promover momentos descontraídos para que todos os elementos da equipa se possam conhecer melhor e que tenha também um propósito inerente.

Mas mais importante do que esta medida é vital que os gestores olhem para as suas pessoas e façam a sua gestão sob o lema de que o outro é o espelho deles próprios. O sucesso de um negócio será sempre o reflexo de uma estrutura sã e feliz!

Artigo por Sofia Pereira Lourenço, Sénior Consultant da UN dos Serviços da Talenter™