Do telco ao techo

Como responsável da unidade que gere o setor das telecomunicações na Talenter™, dou por mim a fazer paralelos do que era o setor do trabalho temporário e do que existe nos dias de hoje.

O perfil do trabalhador temporário e as empresas já não são, nem de perto, nem de longe, sequer parecidas com o que eram há dez anos.

Os últimos anos têm revelado transformações intensas no perfil que os trabalhadores temporários apresentam. Estas alterações, que só por si já estariam em marcha, foram híperestimuladas pela pandemia, provocando uma novação generalizada no mercado de trabalho.

Na unidade de Telco da Talenter™, mais de metade dos trabalhadores temporários têm formação superior, estes trabalhadores trazem mais conhecimento e novas formas de trabalhar, são mais flexíveis e deixaram para trás a ideia de um trabalho até à reforma. Os candidatos que se apresentam estão à procura de primeiro emprego ou buscam consolidar as suas carreiras, buscando-o através de novas experiências profissionais. Presentemente, os trabalhadores são mais autónomos e disruptivos, cientes e aptos à multidisciplinariedade, desapegados de remunerações e horários 100% fixos.

Diariamente, destes novos perfis com novas competências que nos chegam, destaca-se a manifesta evolução ao nível dos conhecimentos tecnológicos, hiperdesenvolvidos no contexto laboral pandémico, fruto dos modelos de trabalho híbridos. A prestação de trabalho fisicamente distanciada das sedes dos empregadores, provocou nos trabalhadores uma necessidade de adequação rápida e eficaz com as tecnologias que já utilizavam, mas também propiciou o contacto com novas tecnologias. Esta é uma tendência que é transversal a todas as unidades, mas na área de Telco, assiste-se hoje a uma tendência crescente para que os candidatos apresentem perfis cada vez menos Telco e mais Techo.

Do lado dos empregadores, as empresas de trabalho temporário e utilizadoras, têm investido nas suas estratégias de RH que são mais profícuas, mais alinhadas com a inclusão dos trabalhadores temporários nas suas estruturas como uma variável humana importante na prossecução dos seus negócios.

O mercado acolhe estes novos perfis optimistamente, as empresas utilizadoras de trabalho temporário, só têm a ganhar com estes ‘novos’ perfis. A integração destes trabalhadores é um refresh às habituais estruturas. Para o trabalhador, na maioria dos casos, uma vaga inicialmente temporária poderá mais tarde, abrir portas a uma integração sem termo numa outra função. Levando ao resultado final que as partem prosseguem, de um desfecho de win-win-win, nesta relação que é ab initio tripartida. Sendo este último um dos pontos mais gratificantes dos Consultores de RH da Talenter™, cujas tarefas do quotidiano têm como finalidade primordial, ser um canal entre estes novos modelos de candidatos e clientes, proporcionando o match perfeito. Um match de sucesso entre as três partes.

Por Manuela Dias, Business Manager Telecomunicações da Talenter™